Sol à Meia-Noite
amar o que é, amar o que somos e amar os que são
domingo, 15 de setembro de 2019
Na minha leitura...
Essa conexão, esse aroma, essa energia que se dissipa em Nós... Não há explicação. Só tem que ser vivido.
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Irene
Confesso que escrever sobre Irene não é fácil,
não só por toda bagagem emocional, mas principalmente ao significado que Ela
deu a esse nome. Bom, depois de tanto silencio eu preciso tentar.
Irene nasceu no sertão, andou em terra batida,
dormiu em rede, tomou água de pote e brincou ao redor do cacimbão. Debaixo do
sol ardente andava léguas pra chegar a escola e no meio do caminho uma
pausa no açude, pra se refrescar com o gole da cabaça.
Nesse tempo era comum que as moças viajassem a
capital para trabalhar em casa de família. E lá foi Irene em um pau-de-arara
lotado de matuto, levando em uma sacola tudo o que tinha e no coração a coragem e
o desejo de conquistar um novo mundo. Mal sabia Ela o tanto de surpresas que a
cidade grande lhe reservaria.
Irene era arretada, de dia trabalhava e a noite
estudava. Limpando casa e cuidando dos filhos dos outros, concluiu a
universidade e aprovou um concurso publico, conquistando assim seu primeiro
emprego. Em meio tudo isso ela ainda teve tempo de se apaixonar e realizar o
sonho de ter uma família.
Ela viveu um grande amor, com ele se casou e logo
vieram os filhos. Primeiro veio uma menina e com ela o trágico diagnostico
de que não poderia ter mais filhos. Mas Irene não se aquietou até ter seu filho
homem, e adivinhem, em dois anos ele chegou. Irene foi uma mãe incrível,
cozinheira de mão-cheia, educadora por natureza, uma grande contadora de
historia, anfitriã das melhores e uma baita forrozeira.
Irene tinha uma simplicidade que de forma
espontânea emanava cuidado. Era fácil se sentir abrasado por
Ela. Tinha um respeito pelo próximo que só podia ser reflexo do amor. Seu
sucesso era percebido nas entrelinhas dos relacionamentos e na harmonia
consequente de suas ações. Seu segredo era a determinação, ela não parava,
sempre oferecendo o seu melhor.
Ela merecia um lugar, condições e uma
família melhor, mas quem disse que ela queria? O caminho mais fácil
sempre foi incompatível com sua historia. Abraçando a realidade
amou a cada um, e nem sempre foi feliz, mas a "paz" era constante.
Nos momentos mais dolorosos o que encontrávamos era o seu sorriso, e mesmo
frágil conseguia impactar a quem estava a sua volta.
Irene é sertão, forro, comida, raiz. É trabalho, aprendizado, transito, educação. É cuidado, amigos, família, natal. Referencia, inspiração, historia, sentido.
quarta-feira, 23 de março de 2016
Tempo negro
Sentia-me
em coma. Em alguns momentos ouvia vozes, em outros sentia o cheiro e
até a brisa sobre meu rosto. A sensação era de resquícios como se tudo
estivesse longe, semelhante a luz da estrela que percorre o universo e
que já não existe mais. O desafio era saber onde começava e terminava a
realidade. A felicidade não passava de uma contradição, onde o mais
perto que se podia chegar dela era a morte. A simples morte, sem
especulação nenhuma, apenas o fim. Afinal, o que mais se assemelha a
morte é a solidão e essa já se tornara uma antiga companhia de viagem.
Que sentido faz o orgânico sem o emocional e a existência sem "o outro"?
Mas toda tentativa de submergir era ineficaz, dissipando toda energia
no caos. Assim, sem vias para chegar a ordem, tornou-se inviável "o
encontro".
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Na minha leitura...
Um
lugar é digno de viver, quando três personagens são privilegiados: o idoso,
o professor e o pedestre.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Escrever para não morrer
Hoje volto a escrever para não morrer. Para dar alívio a minha alma sufocada em uma realidade tão perversa. E continuar, desta vez sem coordenadas, seguindo agarrado a quem sou de verdade. Quem se perde sem desistir de si mesmo, encontra uma forma inovadora de chegar, onde só ele pode ser guia dessa experiência tão autêntica.
Essa foi à forma que encontrei para continuar a viver, observando o que há de mais valoroso em quanto à vida vai se configurando em palavras. As mãos são os pulmões da alma e as ideias às lagrimas que aliviam. Vê esse texto sendo escrito é o mesmo que observar os batimentos cardíacos em uma sala de UTI, os bips alternados indicam que o coração ainda bate, dando o mínimo de esperança.
Para não ficar ilhado ao sofrimento esperando o bip contínuo, vou compartilhar através de textos o que estou vivendo. Pode ser que alguém em algum momento o leia e já não se sentindo mais o mesmo, carregue-o por uma longa estrada. O dom de propagar a história é torná-la eterna, assim cada geração aperfeiçoa com o seu sabor.
Agora, esse momento não será só meu. E o que um dia foi pesar e dor, hoje poderá se tornar para você, conforto e inspiração. Ao ler esse texto, você dá mais sentido ao que estou vivendo, fôlego pra continuar.
domingo, 18 de novembro de 2012
Na minha leitura…
Aprofunde seus relacionamentos cuidando bem das pessoas que você ama. Pior do que estar sozinho, é sentir-se só estando acompanhado.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Origem do samba
Relembrar a infância me fez muito bem esses dias. Lembrei-me do que se podia fazer com um real, de cada escola que passei, dos banhos de chuva, invasões as casas abandonadas, guerras com arminhas de feijão, contos de terror quando faltava energia, tocar a campainha do vizinho e sair correndo, álbuns de figurinhas, meu Mega drive, e o meu primeiro amigo Ray, também conhecido como “urêa de morcego”, que traduzido do cearense para o português quer dizer “orelha de morcego”.
Mas, algo em especial chamou minha atenção. As historias contadas por minha mãe, que tinham o poder de me levar a qualquer lugar em segundos, me fazendo ficar com os olhos atentos, ouvindo cada palavra, sentindo uma paz que vinha acompanhada de um sorriso constante. Aos poucos, essa paz ia se transformando na sensação de que sabia tudo sobre o mundo. Dentre essas historias, havia minha favorita, “A origem do samba”, que contava como o samba, nosso estilo musical brasileiro, passou a existir.
Mas, algo em especial chamou minha atenção. As historias contadas por minha mãe, que tinham o poder de me levar a qualquer lugar em segundos, me fazendo ficar com os olhos atentos, ouvindo cada palavra, sentindo uma paz que vinha acompanhada de um sorriso constante. Aos poucos, essa paz ia se transformando na sensação de que sabia tudo sobre o mundo. Dentre essas historias, havia minha favorita, “A origem do samba”, que contava como o samba, nosso estilo musical brasileiro, passou a existir.
Foi assim: Certo dia havia dois indiozinhos na beira da lagoa. O indiozinho que estava apaixonado pela indiazinha, começou a cutucá-la. Então ela disse: - Não me cutuca! E ele cutucando-a novamente, respondeu: - Eu te cutuco! Ela afirmou: - Não me cutuca! E ele continuou a cutucar, disse: - Eu te cutuco! Assim ficaram por vários minutos, e o ritmo das cutucadas ia aumentando, ficando mais ou menos assim: não me cutuca eu te cutuco, nãomicutuca-Euticutuco, nãomicutu-euticutu, nomicutucotictu, nomicutucochictu, nomicutu-quechictu, quechictu-quechictu...
Como gostaram da sonoridade, passaram a utilizar esse estilo musical, que até hoje conhecemos como samba.
Depois de relembrar essa historia, veio em mente uma pergunta: como pode uma historia tão boba aguçar minha capacidade de imaginação e aflorar uma relação? Intrigado com essa pergunta, passei a me questionar sobre isso: Como você pode ter perdido a capacidade de se vislumbrar com os momentos mais simples da vida? Porque situações que antes te aproximavam das pessoas que você ama, agora passam despercebidas? Como você deixou os momentos mais ricos perderem seu valor?
Aquilo me desestabilizou. Pude notar que quanto mais velhos, menos sensíveis ficamos a perceber o que há de mais precioso. Na verdade somos capitalistas atrapalhados, tentamos inutilmente preencher nosso vazio através do consumo e do poder aquisitivo. A danada da felicidade parece mais um horizonte utópico, nós andamos e andamos sem nunca encontrá-la. Agora não tenho dúvidas de que a pessoa feliz tem sua pirâmide de valores invertida, onde, o amor se apresenta nas simples atitudes, mostrando que a felicidade sempre esteve bem presente.
Percebo que o outro me completa. E não se trata apenas da minha mãe ser importante pra mim, mas também do quanto sou importante pra ela. É necessário haver aprofundamento em nossos relacionamentos, exaltando espontaneamente o valor que damos uns aos outros. Afinal, desfrutar da vida é mergulhar no íntimo das pessoas que amamos e Lá brincar de quem passa mais tempo debaixo d’água. Com simplicidade conseguimos enxergar os detalhes que nos aproximam e que tornam a vida tão interessante. Ser simples passa a ser sinônimo de felicidade. Em uma sociedade movida pelo dinheiro, prefiro acreditar que o Samba foi inventado por dois indiozinhos.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Na minha leitura...
A
vida fica extremamente interessante quando descobrimos que o “normal” não existe.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Meu passado, presente e futuro adoecidos
Temos a tendência de nos apegarmos ao passado repudiando o futuro, isso fica fácil de entender quando percebo que o passado é algo que já conheço e que não preciso passar novamente. Transformamos nosso passado em nosso lugar seguro. Como zonas de conforto somos aprisionados em nossas lembranças angustiosas, traumas e situações mal resolvidas, que por não conseguirmos resolver, somos envolvidos por um sentimento de culpa. A depressão nada mais é que, pessoas presas ao passado são paralisadas no presente, sem poder ir em direção ao futuro. Criando um vínculo de segurança que as tira dos seus laços sociais e das possibilidades de interagir com a dinâmica da vida. Encontrando-se em um presente cristalizado, doentio.
Como nos apegamos ao passado por ser conhecido, tememos o futuro por estar no campo do desconhecido. Há uma dificuldade para sonhar, criar expectativas, abraçar causas e lutar por elas. Algemados aos conflitos emocionais, vivemos acomodados assistindo a vida passar, não dando conta da linda responsabilidade que nos foi dada nas mãos, “a vida”, multiforme vida que gera e constitui muitas outras.
Tomando consciência de que o presente é cheio de passado e futuro, precisamos dar um resignificado as nossas experiências traumáticas, acreditando nas possibilidades de realizações, vencendo o medo de viver que supervaloriza “negativamente” nossas lembranças e objetivos. Devemos presentificar nossas vivencias, por isso a criação da palavra “contentamento”, que significa “conteúdo do momento”, ou seja, desfrutar de cada acontecimento, vivendo os relacionamentos com intensidade. Portanto, devemos viver como quem esta para morrer e como quem acaba de nascer, vivendo cada momento como se fosse o último e se deslumbrando a cada descoberta.
Lidar bem com as situações implica ter uma boa compreensão da tal, deixando-as bem resolvidas para que uma não receba as cargas emocionais da outra. Dentre essas cargas podemos citar a preocupação, remorso, decepção, ansiedade, desanimo e o luto. Vimos o que foi escrito, “Não podemos deixar o sol se por sobre nossa ira”, esse texto nos revela que não podemos deixar as situações anteriores destruírem as que virão. Em outro texto nos diz: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidara de si mesmo. Basta cada dia o seu mal.” Percebemos a importância da presentificação dos eventos, valorizando cada momento vivido sem a presença negativa de outros. Contudo, devemos viver os momentos como se fossem o último e o primeiro, tendo em mente que cada momento é importante para o seguinte. Com uma boa compreensão do ontem, desfrutar do hoje, construindo boas possibilidades para o amanhã.
Para viver é necessário ser corajoso. Não existe uma forma de viver sem riscos, Deus nos chama a viver uma vida de “coragem”, assim como seu Filho, que viveu lindamente sujeito a todas as coisas, mostrando-se fiel até a morte, morte de cruz. Que possamos ser capazes: de dar não apenas a cura do câncer, mais também a cura “no” câncer; de ser felizes com nossas famílias imperfeitas, de falar a verdade mesmo que isso custe caro; na violência, ainda desejar o afago; após a decepção, continuar confiando; nos erros, ter a capacidade de reinventar-se; com as perdas, continuar; e nas frustrações não desistir.
É necessário muita coragem para olhar o que passou, sejam eles, os traumas familiares, abusos sexuais, divórcios, discriminação, exclusão, bullying, repreensão, infidelidade, abandono, o luto ou mazelas deixadas pela religião. E prosseguir com dignidade, sem perder a capacidade de sonhar e lutar por seus objetivos, podendo em cada momento dizer: “Eu sou feliz”. Esses foram chamados “mais que vencedores”, a esses foram dados à honra de serem conhecidos como “bem aventurados”. Mais que peregrinos perambulando, devemos ser mineradores da vida, extraindo nossos valores e virtudes, para lidar com as pessoas e as circunstâncias que a vida nos apresenta.
sábado, 27 de outubro de 2012
Na minha leitura...
Um acúmulo de fatos não constitui uma vida, assim como um monte de pedras não se torna uma casa. Temos as pedras, podemos não ter a casa. É preciso refletir e começar a construir.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Ladrão de salgadinhos
Sempre tive problemas com minha família, passei raros
momentos com meu pai, e poucas vezes me dava bem com minha irmã. Na
adolescência pensei muitas vezes em ir embora. Hoje, com 24 anos, não desejo
que nada do passado não tivesse acontecido, mas sinto muita falta das coisas
que não vivi. Com o tempo, sem saber lidar com minha liberdade, acabei me
distanciando de todos. Até com a mamãe, minha maior confidente na infância,
agora preciso lutar comigo mesmo para conseguir ter uma boa conversa. Depois
que meu pai nos deixou quando eu tinha 12 anos, passei a chamá-la de “pãe”, já
que passou a ter a responsabilidade como pai e mãe. Eu e meu pai não nos
falamos nem em datas comemorativas, já tentei conversar varias vezes, mais meus
esforços foram em vão. Agora, minha irmã que sempre desejei que fosse embora, a
conviver com ela, hoje é casada, tem duas filhas e mora atualmente aqui em
casa. Temos uma rotina pacata e sem muito diálogo. Mas isso está para mudar.
Na segunda-feira do dia 22 de outubro de 2012, a mamãe chega de mais uma comemoração de encerramento de um curso ministrado por ela, como todas às vezes, traz consigo bastante bolo e salgadinhos. Ao perceber o alvoroço na cozinha feito pelas minhas sobrinhas, decido ir até lá. Quando cheguei, vi as duas baixinhas com os olhos brilhando de expectativas, ao ver minha irmã com a vasilha de salgadinhos pedindo calma, pois já ia começar a repartir. Como sempre faço, pensei em pegar alguns e voltar para o quarto, mais veio em mente um plano e o coloquei em execução. Comecei a fazer cócegas na minha irmã, até que ela soltasse a vasilha de salgadinhos. Então a roubei. Correndo para o quintal, percebi os gritos. –Pega ele! Ao comando de uma avó, fui perseguido por uma mãe e suas duas filhas armadas com muitas gargalhadas. Quando chegamos lá fora a Mansinha, minha pitbull com problemas psicológicos, também participou da perseguição. Corri por toda parte até que fui cercado, sendo metralhado com muitas cócegas. Depois começamos a brincar, comer salgadinhos e chorar de tanto rir das loucuras da Mansinha, que muitas vezes serve como cavalo de montaria para minha sobrinha caçula.
Ao perceber à hora avançada, passamos pela difícil missão de nos despedir, entrando em nossos quartos com o sorriso estampado no rosto e uma paz que não consigo descrever. Aquele momento em família tornou aquela noite inesquecível, pela primeira vez não me lembrei de remoer um passado que não tive. Não precisei levar minhas sobrinhas no Beach Park ou enchê-las de presentes. Aquele momento nos presenteou com os sorrisos mais sinceros. Aprendi que são nos momentos simples que a felicidade brota e que o amor se manifesta nessas pequenas atitudes. Depois que parei de desejar o que não tenho, posso afirmar que não me falta nada, estranho isso, mas sou feliz com minha família imperfeita. Um dia vou ficar velho e partir, mas até lá pretendo roubar muitos salgadinhos.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Na minha leitura...
Viver com dignidade é ser responsável. Quando tomamos consciência de quem somos nos tornamos livres, é nessa liberdade que o amor nos desperta a ter responsabilidade com a vida.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Sol da meia-noite
Precisamos entender a forma como Deus organizou a vida. Foi nos dada à confiança para cuidar de um planeta e de tudo que nele há. Ao invés de olhar para fora, devemos olhar nosso interior assumindo a responsabilidade de lidar com a vida. Quando Jesus disse, “Quem crê em mim, como diz a escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.”, ele nos mostra que Deus planta a sua esperança através de nós. Jesus veio nos ensinar a viver, a luz do mundo veio mostra como iluminar.
Muitos homens foram luz no mundo, entre eles: Albert Schweitzer o famoso músico e escritor que desprezou uma brilhante carreira para se tornar um dos primeiros médicos na África; Robert Baden-Powell o inspirado general que fundou o movimento escoteiro; Louis Pasteur, químico cujas experiências conduziram ao maior avanço médico de todos os tempos; Louis Braille, o jovem francês cego cuja invenção trouxe a milhões de cegos a possibilidade de ler; também temos a Madre Tereza, Martin Luther King, Paulo Freire, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e tantos outros.
Muitos homens e mulheres foram sol à meia-noite, levaram a luz onde ninguém imaginou que existiria. Lá brilharam, fluindo virtudes de sua humanidade, transformaram realidades salvando e proporcionando dignidade a muitas vidas. Essas luzes continuam a brilhar, elas passaram de geração a geração, pois “Aquilo que você faz por você, morre com você. Aquilo que você faz pelos outros vive para sempre”. Que de nós venha fluir rios de águas vivas e aqueles que têm sede possam beber. Existe esperança, você ainda esta vivo. Seja um sol à meia-noite!
domingo, 21 de outubro de 2012
Na minha leitura...
Só
com pequenas revoluções podemos tornar o mundo melhor. Essas revoluções
são atitudes simples que surgem de nossas mudanças, promovendo
transformação na vida do outro. São nas nossas escolhas que se manifesta
o amor.
sábado, 20 de outubro de 2012
Dias bons e Dias maus
Há
dias bons em que tudo parece esta em paz, onde pensar em coisas boas é
natural e o sorriso brota com muita facilidade. Também há dias ruins, onde é
fácil
perceber que não estamos bem, sempre pensando em nossos maus
resolvidos e nos apegando ao sentimento de como poderia ser melhor.
Mas todos os dias seja ele qual for é o meu melhor dia, recheado de expectativas vão se realizando de forma espontânea.
Os ponteiros do amor prosseguem tictac-ando mostrando à hora de ser feliz, em um relógio onde o tempo não para. Assim, só nos resta interagir no tempo que passa, segurando a mão de quem amamos.
Mas todos os dias seja ele qual for é o meu melhor dia, recheado de expectativas vão se realizando de forma espontânea.
Os ponteiros do amor prosseguem tictac-ando mostrando à hora de ser feliz, em um relógio onde o tempo não para. Assim, só nos resta interagir no tempo que passa, segurando a mão de quem amamos.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Na minha leitura...
A igreja não é o lugar de encontrar Deus, pois a manifestação de Deus é vivida em todos os lugares. A igreja é o lugar de encontrar o outro.
domingo, 27 de maio de 2012
Os Dias Como Um Piscar de Olhos
Há meses, os dias acabavam como um
piscar de olhos espremidos e as noites vinham como um abrir de olhos incessantes
e ressecados. Com o tempo os dias vieram como
um fechar de olhos de como quem morre. Acordei no fundo do oceano desesperado
por vida e um respirar. Como quem se afoga tentei me agarrar encontrando
estabilidade em lascas.
Aí, os dias chegaram como uma
tempestade. O que era estabilidade se desmanchou, e pude senti-la escorrer
pelos dedos. Percebi no coração o lento penetrar de duas laminas, a dor e a
solidão, acompanhadas de um trincar de dentes. Fui envolvido por águas que
jorravam do fel, dormindo como os que dormem torcendo para não acordar.
No silencio, paralisado em meio ao amargo da dor, percebi A MÃO QUE NUNCA LARGA e A VOZ que sempre diz “você não está sozinho”. Acordei! como quem acaba de sair do ventre, e fui convidado a passear por um conjunto de ilhas chamado “A Vida”. A primeira delas foi A Verdade, depois O Amor, adiante A Paz e logo A Felicidade. Onde foi preciso uma balsa conhecida por "Esperança", para ter acesso a todas elas.
Perdi tudo para sentir que não
falta nada. Parei de procurar um céu na terra, e comecei a construir uma casa
com a orientação de um engenheiro lá de Nazaré, ele foi bem enfático quando
disse: “construa na rocha, pois aqui é um lugar de muitas tempestades”. E
juntos batizamos a casa de Segurança.
Agora em meu coração, a lamina dor
produziu perseverança e a lamina solidão a certeza de que nunca estarei só.
Hoje meus olhos fecham como de quem anseia a acordar, para presenciar as
maravilhas reservadas de cada dia.
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